29/03/10

Criminosos

A Igreja Católica, para além de opinar sobre política, sociedade, etc. ainda se julga no direito de opinar sobre a vida íntima de cada um, sobre aquilo com que devemos envolver ou não os nossos órgãos sexuais e com quem se deve manter relações íntimas.
Quando é apanhada com a mão na massa, apelida de murmúrios as justas questões que se levantam sobre o encobrimento e até, em alguns casos, a cumplicidade da hierarquia católica no que se refere aos casos de pedofolia no seu seio. Na sua opinião, os outros não têm o direito de opinar sobre a sua estrutura, ainda para mais quando se trata do conluio na prática de crimes.

Nota: Embora pense que não seria necessário, farei esta ressalva: o problema não é a existência de padres pedófilos. Pedófilos, há-os em todas as profissões. O problema é o encobrimento por parte da hierarquia católica deste tipo de crimes. Qualquer bispo ou cardeal que tivesse conhecimento de um caso destes deveria comunicá-lo às autoridades, e não tentar escamoteá-lo. Quem fizer o contrário, é um criminoso.


Adenda: curiosamente, depois de escrever este post, li o artigo de hoje de Ferreira Fernandes no DN, que, com a qualidade a que já nos habituou, descreve precisamente aquilo que penso e descrevo acima.

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